Excelência gastronômica e preocupação com a saúde é a marca do restaurante Quattrino que homenageia presenças vips dando seus nomes a alguns pratos.
“O Quattrino não é apenas sinônimo de comida gostosa, mas também de festa. A casa tem uma alegria que vem da Mary e dos amigos dela. Como as pessoas mais legais são seus amigos, o Quattrino é o lugar mais agradável da cidade. Sem falar que a Mary me ensinou a gostar de São Paulo”, diz com entusiasmo o ator Miguel Falabella ao comentar no site do restaurante sobre a chef Mary Nigri e o Quattrino, um dos pontos gastronômicos preferidos do ator na capital paulista.
Ambiente tranqüilo e despojado, estilo moderno com toque rústico e romântico na decoração. Enfeites de rosas e cristais coloridos em uma das janelas e um pouco de madeira antiga de demolição no piso de entrada dão um ar sofisticado ao restaurante muito bem freqüentado por artistas e empresários, mas também por todos apreciadores de uma boa massa e que fazem questão de aliar excelência gastronômica à preocupação com a saúde.
“A base da minha cozinha é a saúde, as minhas leituras sobre culinária são fundamentadas nessa linha. Fiz vários cursos de gastronomia em Nova Iorque sempre ligados à área da saúde. Por exemplo, como cozinhar sem usar gordura, sem fritar. Ao invés de colocar azeite na frigideira, fazer um colhido de rúcula. E eu só me trato com homeopatia, acupuntura, medicina alternativa. E quando eu abri o restaurante em 1989, era casada com um macrobiótico. Então, eu tive muita ligação com a macrobiótica também. É importante a gente se preocupar com a saúde porque nós moramos em uma cidade louca, poluída, com muito barulho. Então, acho que se a gente puder pelo menos na cozinha ser saudável, a nossa qualidade de vida já melhora muito. No Quattrino, nós não usamos carne de porco, mesmo na mistura da comida, os ingredientes são sempre naturais, não tem nada em lata”, explica a chef e proprietária da casa Mary Nigri.
A ideia de se abrir um restaurante surgiu em meio a antigos projetos, sonhos perpetuados desde a infância, quando Mary ajudava sua avó na culinária. “Eu abri o restaurante porque cozinhar para mim sempre foi muito gostoso, me traz boas lembranças. Na casa dos meus avós, quando tinham festas e jantares, eu e minhas primas nos juntávamos para preparar junto com a minha avó a comida. A minha avó era libanesa e sempre fazíamos pratos árabes e massas. Por isso, quando abri o Quattrino, ao fazer as massas, pensar nos ingredientes, me emocionava ao me lembrar dela, e o que a comida que estava preparando representava para mim. Eram horas super agradáveis que eu passava com a minha avó, e disso eu nunca me esqueci, então, de certa forma ela me influenciou a abrir o restaurante”, lembra a chef com um pouco de nostalgia.
Mary recorda ainda que proporcionar um ambiente saudável dentro de um restaurante, não é só disponibilizar no cardápio comidas com pequena taxa de gordura e nutrientes importantes para a alimentação, é também, ordenar o ambiente para que o local seja agradável, tranqüilo, ou seja: saudável. Os ensinamentos de seus avós contribuíram para que ela proporcionasse aos clientes esse tipo de espaço. “Os meus avós sempre falavam também que quando nos reuníamos à mesa para comer, que não era muito importante ficarmos rezando, o interessante era a família ficar junto, unida, sem brigas, de forma harmoniosa. Esses ensinamentos foram coisas que me marcaram, para que eu tornasse o meu restaurante um ambiente que também fosse tranqüilo, porque eu já vi várias pessoas que brigam muito na hora da comida e a hora da comida é um momento para todo mundo estar conversando, feliz, a idéia de ser saudável mesmo, e no Quattrino as pessoas vêm aqui e falam que não dá vontade de ir embora, elas gostam, se sentem á vontade”.
E por se sentirem á vontade e terem à disposição uma deliciosa comida, é que o Quattrino está repleto de empresários, publicitários, familiares e artistas. Pela casa é possível encontrar diversas fotografias de cantores, atores e jogadores de futebol, alguns apenas freqüentadores da casa, outros mais do que isso, amigos pessoais da Mary, que de forma descontraída, deixa todos muito à vontade. Por isso, alguns pratos recebem nomes de artistas famosos, personalidades assíduas no Quattrino. “A idéia de colocar nomes de artistas em alguns pratos surgiu como uma brincadeira. Um dia a Cláudia Raia veio aqui e elaborou uma receita, então, eu disse que iria colocar o prato dela no cardápio. Cada hora um artista dizia que também queria, e a gente começou a brincar e foi acontecendo assim. Sem a menor intenção de nada. Eles dão palpites em algumas receitas, pedem para acrescentar alguns ingredientes, e o prato adquire o nome do artista. Mas eles precisam aprovar a mudança, experimentar. Então, nós damos uma reformulada, mas eles têm que gostar. Eu não faço, invento e coloco o nome deles”, esclarece Mary.
As sugestões de pratos são deliciosas, o Penne Galisteu, por exemplo, com cubos de tomate fresco, azeitonas pretas, mussarela de búfala e manjericão é ótimo para quem deseja uma refeição leve e agradável, mas não abre mão do bom paladar. Mary e sua mãe são quem elaboram o cardápio e as receitas, a chef diz entusiasmada: “as pessoas gostam daqui, porque elas sempre voltam. Temos pratos que existem desde que abriu o restaurante, há 18 anos, e que nunca sai do cardápio, porque tem muita procura. Alguns artistas moram no Rio de Janeiro, e o Quattrino acaba se tornando a casinha deles também. Fiquei amiga de vários deles, o cantor Leonardo foi super difícil de trazê-lo para o restaurante, mas eu consegui, um dia até fiz um jantar para ele na minha casa, mas eu gosto de todos. O Miguel também não sai daqui, os jogadores de futebol do São Paulo, o Alex Dias, o Pelé vêm algumas vezes também, agora eu estou querendo que venha o Rogério Ceni e o Aloísio, esses ainda não vieram. È um convite que eu estou fazendo para o Rogério Ceni e o Aloísio: eu quero que vocês venham aqui, que eu vou fazer uma comida para vocês, enfatiza a chef e dona do restaurante Quattrino, Mary Nigri.
Reportagem realizada em 2007