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O mundo nunca mais será o mesmo!

A água em que submergimos antes da crise, longe de ser límpida, ficará ainda mais poluída e revolta, até a reconhecermos mais transparente.

O período de grande sofrimento e transformação será convertido, no decorrer do caminho, em um renascimento e em uma nova consciência no mundo, quando será compreendida a dignidade do próximo como extensão de sua própria dignidade.

Pode ser esse o resultado de uma pandemia e das grandes guerras: a consciência de um novo agir no mundo! Finalmente, demos uma trégua para a natureza, que então pôde respirar mais aliviada, com um ar límpido, rios cristalinos, estrelas mais brilhantes, entrando, que ironia, em processo de cura, enquanto são os seres humanos que agora precisam se curar, física e psicologicamente.

A mãe natureza, quem diria, nos mostra que também precisamos respirar, assim como ela precisa para nos fornecer energia.  As nações do mundo se ajoelham perante as mortes visíveis e invisíveis. O risco, passa a ser inerente a todos, independente de credo, raça e condição social. A calamidade pública, a fome, miséria, desemprego, violência e tantos problemas sociais, passam a ser inimigos comuns.

A solidariedade em recursos médicos e financeiros, de repente se resplandeceu em vários setores e personagens, que diante da correria que o mundo nos impunha, sempre a conquistar e a desbravar cada vez mais, não trazia consciência humanitária e de amor que estava fácil de ser alcançada, se não fosse pela onda alienante em que a sociedade global era empurrada.

Na sociedade global, há uma nova configuração dos acontecimentos, que de locais, convertem-se em transnacionais, com a transposição das realidades individuais para uma redimensão coletiva.

Nesse cenário de pandemia, do ponto de vista dos direitos humanos, devemos nos comprometer socialmente com o individual, independente das relações culturais multifacetadas e das desigualdades existentes, procurando, nesse contexto, suprimir as diferenças para que se atinja a dignidade humana em um desenvolvimento humanitário.
O incrível e o inimaginável aconteceu. Judeus e muçulmanos, juntos se ajoelharam. Deram uma trégua na milenar a sanguinária desavença para clamar por piedade, compaixão ao sobrenatural, à vibração espiritual, em uma corrente de amor.

Uma solidariedade resplandece em alguns, e em outros, como esperado, e que ainda não entenderam o novo caminho, exacerbam o egoísmo.

É tempo de consertar e remover o que está fora de si. De acordar o que está adormecido. De colocar em prática o que estava somente no papel e que a zona do conforto impedia de empreender.

É tempo de enfrentar os monstros internos, de renovar a esperança, de fazer um mundo novo, mais conectado com as possibilidades da tecnologia, mas também com o ser humano e com o amor.

É na dor da solidão que aprenderemos a importância do coletivo, do abraço. Quantas lições podemos aprender com esta nova situação!

É preciso resiliência para entender que depois da dor, pode haver um renascimento, com uma mudança vibratória de nosso planeta. Como citou Napoleão Hill, “cada adversidade, cada fracasso, cada dor de cabeça carrega consigo a semente de um benefício igual ou maior”. Que possamos acordar desse cenário alienante, para que que assim possamos nos transformar. Que o planeta e nós mesmos possamos nos regenerar.

O mundo nunca mais será o mesmo!